Durante 9 anos eu terceirizei o departamento de marketing de um grupo de empresas e entre várias atividades, uma delas, a que eu mais gostava era dar suporte ao departamento de vendas, com estratégias de prospecção, recuperação de clientes inativos e pesquisas de satisfação e mercado.
Era política aceitar os
pedidos de “bola” de compradores de grandes empresas e tínhamos pelo menos três
clientes Vip com esse tipo de negociação. Em um deles, que representava 60% do
faturamento da empresa, através desse acordo foi instalada uma filial em
Manaus apenas para atendê-los.
E não era porque o produto era ruim ou os vendedores prestavam um mau atendimento! Ao contrário, o produto fabricado era inovador e de excelente qualidade, mas era fato que o diretor da empresa se rendia a esses apelos porque estava disposto a fazer qualquer coisa para se estabelecer no mercado. Ele não queria perder e o dar “bola” era a garantia de fechar aquele negócio.
Infelizmente vivemos em um
país da corrupção onde algumas pessoas acham sempre um “jeitinho” para burlar a
lei e é com essa visão que alguns empresários negociam, compram e vendem.
Dar bola ou não? Claro que a
resposta é não! Necessitamos com urgência de um país com mais ética em todos os setores, com pessoas melhores e, consequentemente, que votem em políticos melhores pois os iguais se atraem.
Não dar bola também porque lá na frente você vai quebrar sua cara, vai ficar
sem o cliente porque compradores se aposentam, são demitidos ou conseguem novo emprego...
e quando isso acontecer, as chances de você continuar vendendo são remotas, bem
remotas. Não dar bola porque tudo o que se planta se colhe no futuro e assim
como esse comprador aceitou seu suborno, pode aceitar de outro, de outro e mais
outro.
Dar bola, subornar um
comprador no primeiro momento pode parecer o caminho mais curto e tentador, mas
devemos lembrar que muitas vezes esse caminho mais curto pode acabar em um
precipício e a volta é sempre mais extenuante.
Fica a dica e sucesso!
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