Assim como o consumidor
final mudou seus hábitos de compras, o comprador B2B ou os decisores
também mudaram.
Se você é do tempo que os vendedores chegavam às empresas de
surpresa e eram atendidos, já deve ter sentido na pele que muita coisa ficou no
passado.
É comum falar
em treinamento de vendas, treinamento de produtos e cursos de oratória para a atualização e desenvolvimento de habilidades dos vendedores, uma preocupação das empresas para
agregar valor à venda, mas esquecem de falar que hoje os compradores também são treinados para serem eficientes em negociação, redução de custos e até em linguagem corporal e PNL.
Os
compradores estão se profissionalizando em finanças, fazendo MBA..
Evolução dos
compradores
Anos 70/80
Nos anos 80 os compradores
definiam seus fornecedores pelos vendedores mais simpáticos, falantes e
envolventes. O cara tinha que ser legal. O vendedor tinha mais sucesso por
insistência ou pelo dom de convencer do
que por conhecer o negócio do cliente, mercado ou por disponibilizar um pacote
de valores. O departamento de compras desempenhava apenas uma função básica.
Anos 90
A partir da década de
90, com a globalização, a reengenharia de atividades, o acirramento da
concorrência, a pressão para redução de custos, a atenção das empresas passou a
ser desviada para a área de compras. Evitar as más decisões passou a ser um
dos pontos chaves para os compradores, por esse motivo a confiança no vendedor
começou a ser indispensável, passando também a existir um grande benefício nas
relações empresas/fornecedores.
2005/2008
Compradores passaram a decidir a
partir da confiança + soluções e valores para as empresas. A simpatia ou o
gostar do vendedor ficou como última opção porque nem sempre o vendedor amigo ou simpático era aquele eficiente
em uma pós venda. Foi nesta época que Peppers e Rogers começaram a falar de
Marketing 1to1 e as empresas almejavam fornecedores que suprissem suas
necessidades e estivessem interessados em sua fidelização, no relacionamento
duradouro. Sai definitivamente do
cenário o vendedor que convence ou o
“tirador de pedidos” para dar lugar a um vendedor com perfil de especialista em negócios. O departamento de compras passou a desempenhar uma função estratégica e pró-ativo a partir do momento que ficou claro que empresas poderiam ser mais competitivas com redução de custos.
O
que fazer?
Prepare-se, pois no futuro
compradores serão cada vez mais especializados já que o departamento de compras tornou-se um dos setores mais estratégicos da uma corporação.
Muita coisa no trabalho de
prospecção está mudando e vai mudar mais. Hoje, a grande parte dos compradores
têm três fornecedores homologados e não vê a necessidade de, a todo o momento,
agendar visitas para receber vendedores com as mesmas soluções, de empresas
iguais, com ideias iguais, com preço igual e qualidade igual.
Se não for por algo muito
diferente, uma solução inovadora ou em um momento em que é necessário realmente
a troca de fornecedor, as secretárias eletrônicas continuarão barrando a intenção de prospecção e os e-mails não serão respondidos.
É fato que as empresas precisam
focar mais na fidelização de seus clientes para sair do ciclo de
prospectar-vender-perder-prospectar, evitando a perda de clientes, mantendo uma
carteira de clientes estável,
desenvolver o cliente ativo e prospectar nas empresas que estão
implantando fábricas ou filiais.
Focar insistentemente somente naquele prospects que já tem um
fornecedor e que já está sendo bem atendido, pode ser um desperdício de tempo,
não generalizando, é claro.
Muitas vezes o vendedor consegue
um momento único que é conseguir falar com um comprador/decisor e desperdiça
esse tempo mágico com aquele mesmo blá blá blá de minha empresa é fabricante/fornecedor
disso e daquilo e outras mesmices sem ponderar antes sobre:
- Como posso ajudar essa empresa a ser melhor e competitiva?
- Como ajudar o cliente a ser bem sucedido no seu negócio?
- Quais os problemas que o cliente tem e que posso solucionar?
- Quais problemas o cliente nem percebeu que existe e que posso mostrar?
- Que ideias posso vender, que recomendações posso dar, que tendências posso mostrar?
O que compradores gostam de ouvir (desde que você tenha as soluções!)
Aumentar receitas ou lucro
Melhorar a eficiência operacional
Aumentar a rotação do estoque
Minimizar os riscos
Aumentar as vendas por cliente
Diminuir despesas operacionais
Aumentar a retenção de clientes
Diminuir a rotatividade de
funcionários
Aumentar a participação no
mercado
Reforçar a lealdade dos clientes
Desenvolver o Empowerment nos
funcionários
Diminuir custos com logística
e muitos outros...
Fica a dica e Sucesso!
Comente! Gerar discussões e trocas de ideias é o objetivo dos artigos!
Inscreva-se!
CURSO PROSPECÇÃO B2B
Data: 21/11/2014 das 09h00 as 18h00
Local: Avenida Cardeal Arcoverde - Pinheiros - SP
Informações e Programa:
falecom@mhaya.com.br | www.mhaya.com.br
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Otimo a visão da Mirian sobre este assunto é pena que muitos gerentes comerciais ainda acha que a melhor maneira da sua equipe trazer resultados é forçando o cliente a recebelos o que é uma pena este pensamento. Nos dias atuais o momento é de "investir" no seu cliente e como isto funciona: levando as soluções para ele, simples assim ele não precisa ir buscar as soluções nos vendedores é que a levamos para a empresa deste comprador. Vejamos pelo lado de quem compra,vamos perder tempo em ouvir alguem me oferecer o que tenho e esta me atendendo? Em um mundo onde "TEMPO É DINHEIRO" claro que não, então amigos vamos nos preparar e oferecer aos nossos clientes soluções e assim nos destacar e vender mais e melhor,pois com certeza vamos ter FIDELIZAÇÃO por parte do nosso cliente e manter pois se não chega alguem com mehores soluções e ai voce pode dar adeus ao seu cliente.
ResponderExcluirAbraço a todos.
Paulo Leite -GO
Perfeito Paulo! Obrigada pela visita e comentário!
ExcluirMuito apropriado e atual seu post Myrian que vem contribuir em muito com estes conceitos de negociação. Fico feliz considerando que muito do abordado no tema já venho praticando em meu dia a dia com minha Equipe de Vendas e com a direção de minha empresa. Parabéns.
ResponderExcluirAgradeço a sua visita Paulo! Obrigada pelo comentário e uma ótima semana!
ExcluirMyrian,
ResponderExcluirO consumidor final também está na mesma sontonia.
Através da internet ele encontra tudo que quer. Sai cotando com todo mundo e sem conhecer o produto decide pelo melhor preço.
Eles sabem que podem pressionar o vendedor, pois acham que sempre haverá um descontinho.
Exato, Pedro! Mas percebo que o comprador B2B ainda utiliza pouco as mídias sociais para fazer negócios, como por exemplo o LinkedIn. Já os vendedores estão em busca de seus contatos no LinkedIn porque não estão conseguindo com outra estratégia..infelizmente com a mesma abordagem!
ExcluirMas como você mencionou, um consumidor final está realmente optando pelo preço muitas vezes sem conhecer o produto. Isso acontece como em brindes, mídia impressa, cartuchos e até em serviços, entre outros. Em alguns produtos as empresas podem oferecer a amostra do produto..pode ser um diferencial
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO Preço passa a ser o DONO da venda até na automação de eventos, que é um trabalho muito delicado e técnico, podendo fazer o fracasso do evento com esta redução.
ResponderExcluirAchei o artigo muito prático, e abrange quase a totalidade do mercado.
No meu caso, onde as empresas são muito poucas, o trabalho de prospecção ainda gera um resultado melhor do que o esperado (3% de retorno).
Porém, focando-se o trabalho no Google e nas Redes Sociais, experimentei um retorno muito satisfatório.
Levando em conta meu mercado, que ainda é aberto, eu foco na prospecção e nas redes, afinal ainda consigo um resultado substancial nos dois canais de prospecção.Mas concordo que após algum tempo nesta situação, acabarei seguindo a regra do mercado como um todo.O artigo realmente sinaliza a tendência.Eu é que estou "ainda" fora da curva....Parabéns!