No artigo anterior que pode ser lido em http://mhayacafe.blogspot.com.br/2013/09/a-culpa-e-do-gerente.html,
escrevi sobre a pesquisa da Gallup focada em gestão de pessoas e que
através dos resultados dessa pesquisa, ficou evidente que os profissionais
pedem demissão de seus gerentes ou líderes e não da empresa.
Bem, o
tema é complexo e ainda vai render muito pano para a manga (como dizia minha
mãe), pois foram lançados mais de nove mil livros nos últimos 20 anos sobre
liderança e gestão de pessoas e mesmo assim o assunto não se esgota.
Mas o que os grandes gerentes sabem, veem e fazem?
Vamos
começar falando de gerente e líder. É a mesma função e perfil? Pode ser a mesma
função, mas nem sempre é o mesmo perfil. Um profissional pode ser um grande
gerente-líder ou ser um grande líder e péssimo gerente. A diferença entre um
gerente e um líder é que os grandes gerentes olham para dentro, para dentro da
empresa, objetivos, necessidades, etc., enquanto os grandes líderes olham para
fora, para a concorrência, para o futuro, para estratégias futuras de
avanço.
Para
definir se existe um padrão de comportamento dos melhores gerentes do mundo, a
Gallup fez a seguinte pergunta para as empresas líderes de mercado: “Quais de
seus gerentes você adoraria clonar?” Com essa questão e mais os indicadores de
produtividade, lucro, absenteísmo, retenção, acidentes de trabalho e feedbacks
dos próprios funcionários, chegou-se a estes profissionais. Chegando-se a eles,
foram ouvidos 120 mil horas de gravação para buscar padrões que definissem o
que os melhores gerentes do mundo têm em comum.
Como estes gerentes agem?
Esqueçam
quase tudo o que vocês aprenderam em treinamentos motivacionais, de liderança
ou trabalho em equipe. Os grandes gerentes também não acreditam no senso comum.
Sim, eles têm seus favoritos, não tratam todos iguais, mantêm o foco nos
melhores e escolhem sua equipe por talento, não pela experiência. Não tentam
ajudar um profissional a superar seus pontos fracos e um grande gerente não
promove seus subordinados automaticamente só porque ele se saiu bem naquela
função!
O que os
grandes gerentes fazem:
Não perca
tempo tentando colocar para dentro o que foi deixado para fora.
O senso
comum nos incentiva a pensar ou esperar que as pessoas mudem, mas os
grandes gerentes rejeitam isto categoricamente, pois acreditam que cada
pessoa é fiel a sua natureza e que existe um limite para modelar alguém.
(Exemplo, a fábula do sapo e do escorpião).
Os grandes gerentes tentam ajudar o profissional a tornar-se cada vez melhor no que ele já é e não acrescentar o que ele não tem. Eles não acreditam nas frases chavões de que “Você pode ser tudo o que quiser se trabalhar duro”, pois se uma pessoa pode ser tudo o deseja, então todos têm o mesmo potencial e o mesmo talento, o que não é verdade.
Os grandes gerentes tentam ajudar o profissional a tornar-se cada vez melhor no que ele já é e não acrescentar o que ele não tem. Eles não acreditam nas frases chavões de que “Você pode ser tudo o que quiser se trabalhar duro”, pois se uma pessoa pode ser tudo o deseja, então todos têm o mesmo potencial e o mesmo talento, o que não é verdade.
O foco
dos melhores gerentes é motivar os profissionais investindo em seus pontos
fortes e não tentar moldar ou trabalhar os pontos fracos.
A seleção
da equipe
Os
grandes gerentes selecionam as pessoas pelo talento e não apenas pela
experiência, inteligência ou determinação. Como exemplo, podemos citar Michel
Jordan. Nem seu treinamento, nem sua determinação são os fatores que determinam
o seu brilho, pois todos os outros jogadores têm o mesmo treinamento. Alguns
profissionais nascem com este algo a mais que não se consegue acrescentar em
outro, nem com anos de treinamentos ou desenvolvimento. Não se pode ensinar
talento.
Tratar
desigualmente os desiguais
Lembra-se
da regra de ouro? Trate todos como você gostaria de ser tratado? Os grandes
gerentes quebram essa regra. Se você é competitivo tem que tratar todas as
pessoas da sua equipe como competitivos? Claro que não! Então trate cada pessoa
como ela gostaria de ser tratada e não como você gostaria de ser tratado! E
como saber como cada um deve ser tratado? Conhecendo cada profissional e
perguntando sobre suas metas, suas perspectivas e objetivos.
Foco nos
melhores
Novamente
o senso comum fala que os gerentes devem focar e ficar perto dos profissionais
menos produtivos já que os melhores não precisam de apoio. Errado. Os grandes
gerentes não dão importância à função de instruir ou controlar, pois isto deve
ser feito apenas para os novatos. Eles se concentram nos melhores buscando
conhecer os princípios da excelência e não do fracasso. A regra é: estude seus
melhores funcionários. Assim faz a Disney, por exemplo. Os profissionais fracos
devem aprender a excelência com os melhores, eis a estratégia. O desempenho
fraco de um funcionário pode ser por dois motivos apenas: mecânicos ou
pessoais.
Promoção?
A escalada também pode resultar em queda
“Para
onde quero ir agora? Para cima!”. O senso comum também nos ensina que este
pensamento é o correto. Todo funcionário tem que almejar subir de cargo, de
salário e ter prestígio e na cultura corporativa, quem permanece muito tempo na
mesma função pode ser
considerado incompetente. Em 1969, Peter Laurence nos advertiu que se continuássemos seguindo este raciocínio, sem questioná-lo, acabaríamos por promover as pessoas a um nível de incompetência. Em 1969 isso era real e é real nos dias de hoje. Os melhores gerentes sabem que um degrau não necessariamente conduz ao próximo degrau de uma mesma escada. Se João foi um excelente vendedor, isso não quer dizer de forma alguma que será um excelente gerente de vendas. Seguindo esta visão, quando um funcionário pergunta a seu gerente “Para onde irei agora?”, se ele tiver um grande gerente, pode ir para o cargo de supervisor nesta mesma função, para outra área, para um cargo anterior ou ser demitido da empresa. O objetivo de um gerente é orientá-lo para que ele tenha êxito mesmo que seja em outra empresa e não fracasso no topo da escada.
considerado incompetente. Em 1969, Peter Laurence nos advertiu que se continuássemos seguindo este raciocínio, sem questioná-lo, acabaríamos por promover as pessoas a um nível de incompetência. Em 1969 isso era real e é real nos dias de hoje. Os melhores gerentes sabem que um degrau não necessariamente conduz ao próximo degrau de uma mesma escada. Se João foi um excelente vendedor, isso não quer dizer de forma alguma que será um excelente gerente de vendas. Seguindo esta visão, quando um funcionário pergunta a seu gerente “Para onde irei agora?”, se ele tiver um grande gerente, pode ir para o cargo de supervisor nesta mesma função, para outra área, para um cargo anterior ou ser demitido da empresa. O objetivo de um gerente é orientá-lo para que ele tenha êxito mesmo que seja em outra empresa e não fracasso no topo da escada.
Mais
detalhes sobre essa Pesquisa da Gallup, pode ser lida no Livro ‘Quebre Todas as
Regras” de Marcus Buckingham e Curt Coffman.
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