Desde o início de 2015, todos os dias se ouve ou se lê algo com o tema "crise".
Hoje li uma matéria da revista Exame com o título “12 Empresas que irão investir na contramão da crise” , que pode ser lida aqui. A matéria me
chamou a atenção pela frase “Toda crise tem um vencedor” dita por Jörg Hofmann, presidente da Audi no Brasil, que não considera
a crise brasileira um empecilho, visto que está expandindo seus negócios
mesmo com todos os índices negativos apontando para o setor automotivo..
Um cenário com rumores alarmantes pode significar estagnação
e metas não cumpridas para a sua equipe de vendas e a falta de comprometimento com seus clientes ativos,
a falta de inovação podem piorar este problema.
Através do LinkedIn conversei com alguns profissionais de
compras, pois considero que ao lado de vendas, trata-se de um dos setores mais
estratégicos da corporação e que estará
em foco neste momento, o que pode significar mais cobranças, como lembra Daniel
Santos, Analista de Compras na Danone Nutricia: “Vale ressaltar que em momentos de "turbulência
econômica" como essa que vivemos, nós profissionais de compras, ficamos
mais expostos e com maior participação nos resultados da companhia.”
O que pensam os profissionais de compras sobre crise?
Eles querem parceria, parceria, parceria
Daniel Santos atua pensando em parcerias: “Procuro
"pensar fora da caixa", que se resume em condições de pagamento e
editais de concorrência. Busco parcerias sólidas e divido a situação com os
fornecedores. Proponho indicadores de produtividade em cada contrato
estabelecido (ex: melhoria nos processos internos ocasionaram em 3% de redução
no custo).Em resumo, me baseio em unir forças e produtividade.”
Atenção! Eles podem
abrir novos fornecedores!
Rodolfo Sandoval, Diretor na Sertras e
que atua com gestão de fornecedores também alerta que a falta de
inovação dos atuais fornecedores pode ser uma estratégia para homologar novos. “Mudar
de fornecedor pode ser uma boa estratégia quando o problema está na falta de
iniciativa dele na inovação, ou seja, melhorar os próprios processos para
ganhos mútuos.” diz Rodolfo.
A questão também deixa um alerta para a empresa que tem
uma carteira de clientes estável, mas que se tornou acomodada, pois neste
momento em que se fala em crise é a hora de rever parcerias, apesar da
dificuldade que é homologar novos fornecedores, como também lembra Sandoval. “Devemos lembrar que somos humanos e os
fornecedores também tendem a cair na área de conforto. O problema de mudar os
fornecedores é que você assume riscos importantes na forma de trabalho do novo
fornecedor[...]”
Alan Carlos Cota, Gerente de Suprimentos no Hospital Nossa
Senhora das Graças também considera que a mudança de fornecedor pode ser uma
opção, mas devemos avaliar com critério esta iniciativa para não interferir
na qualidade. “Myrian, no cenário atual a avaliação da capacidade
técnica de seus fornecedores deve ser considerada um grande ponto de partida
para mudanças que podem evitar um aumento considerado nos seus custos, não
esqueça que a sua qualidade pode ser afetada em uma troca de fornecedores,
então avalie bem. Lembrando que o menor preço pode não representar uma boa
economia.”
Como finalizou Alan, inclusive confirmando a opinião da
maioria, o decisor da área de compras além de considerar uma abertura para
novos fornecedores, também vai buscar soluções com os atuais para amenizar este
momento de incertezas.
Podemos destacar nas considerações dos profissionais
neste artigo, que empresas que não buscaram a fidelização de clientes, que não melhoraram seus processos,que caíram
no comodismo e que não possuem um grande diferencial competitivo, poderão perder clientes ativos, justamente neste momento onde perder clientes é inaceitável.
Dois pontos chaves é que a crise tanto pode ser positiva abrindo aquelas portas
que sempre estiveram fechadas para empresas que prospectam, como pode ser uma
forma de, finalmente, as empresas prestarem mais atenção em fidelizar seus
clientes ativos.
Fica a dica e Sucesso!
Quero agradecer a todos que participaram do debate aberto no LinkedIn, mesmo aqueles que não puderam ter suas opiniões expostas. Acredito no LinkedIn como excelente fonte de informações e troca de experiências!
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